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Revista M&T - Ed.234 - Junho 2019
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Agrishow 2019

A mecanização do campo

Demonstrando sua versatilidade em diversas áreas de atuação, equipamentos da Linha Amarela mais uma vez marcam presença na maior feira de tecnologia agrícola do país
Por Melina Fogaça

Já não é nenhuma novidade o aumento da presença dos equipamentos da Linha Amarela na prestação de serviços de apoio na produção agrícola, ao ponto de se tornarem essenciais – e mesmo até indispensáveis – em algumas dessas atividades.

Com já ocorreu em outros anos, essa tendência crescente pôde ser verificada durante a 26ª Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, realizada em maio em Ribeirão Preto (SP), na qual diversos fabricantes marcaram presença em meio aos maquinários e soluções agrícolas.

Essa movimentação não vem à toa. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), há dez anos o setor agrícola representava em torno de 4% do volume de vendas da indústria de máquinas de construção, saltando atualmente para uma faixa entre 20% e 30% da demanda, com estimativa de crescimento em 2019 de um percentual entre 8% e 10% em comparação ao ano passado. Para algumas marcas, o segmento já consome metade da produção.

Para o presidente da JCB Latam, José Luis Gonçalves, as máquinas da Linha Amarela e de movimentação de materiais ganham cada vez mais espaço na agricultura devido ao processo irreversível de mecanização do campo, em um quadro no qual os produtores buscam maior produtividade, eficiência e redução de custos. E esse processo está apenas começando. “Globalmente, cerca de 30% das vendas da JCB global são voltadas para a agricultura e esse número segue a mesma proporção no Brasil”, diz ele.

"Mas ainda temos muito a crescer."


Já não é nenhuma novidade o aumento da presença dos equipamentos da Linha Amarela na prestação de serviços de apoio na produção agrícola, ao ponto de se tornarem essenciais – e mesmo até indispensáveis – em algumas dessas atividades.

Com já ocorreu em outros anos, essa tendência crescente pôde ser verificada durante a 26ª Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, realizada em maio em Ribeirão Preto (SP), na qual diversos fabricantes marcaram presença em meio aos maquinários e soluções agrícolas.

Essa movimentação não vem à toa. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), há dez anos o setor agrícola representava em torno de 4% do volume de vendas da indústria de máquinas de construção, saltando atualmente para uma faixa entre 20% e 30% da demanda, com estimativa de crescimento em 2019 de um percentual entre 8% e 10% em comparação ao ano passado. Para algumas marcas, o segmento já consome metade da produção.

Para o presidente da JCB Latam, José Luis Gonçalves, as máquinas da Linha Amarela e de movimentação de materiais ganham cada vez mais espaço na agricultura devido ao processo irreversível de mecanização do campo, em um quadro no qual os produtores buscam maior produtividade, eficiência e redução de custos. E esse processo está apenas começando. “Globalmente, cerca de 30% das vendas da JCB global são voltadas para a agricultura e esse número segue a mesma proporção no Brasil”, diz ele.

"Mas ainda temos muito a crescer."

O modelo Cat 914K Ag Handler: produtoespecializadopara a plantation brasileira

Segundo o executivo, aos poucos os produtores estão percebendo que, além dos equipamentos-base para o agronegócio (como tratores, plantadeiras, colheitadeiras, colhedoras e pulverizadores), há outras máquinas que ajudam a melhorar ainda mais a operação no campo.

A mesma observação é feita pelo gerente de marketing da Case Construction para a América Latina, Maurício Moraes. Segundo ele, o produtor rural sempre utilizou as soluções da Linha Amarela pontualmente, mas agora esses equipamentos são empregados de forma mais sistemática em trabalhos de movimentação de terra que antes eram realizados por máquinas agrícolas, estimulando assim a produtividade. “Antes, o produtor deixava de usar o equipamento agrícola para o fim que era proposto”, complementa. “Agora, o uso de equipamentos mais indicados estimula a produtividade, evitando o uso do maquinário agrícola para um fim que não foi feito.”

O modelo John Deere 624K-II: produto especializado para a plantation brasileira

CARREGAMENTO

Com esse conceito, as fabricantes acorreram em peso à Agrishow, confirmando que o campo constitui uma nova fronteira para seus produtos, principalmente para carregamento. É o caso da Caterpillar, que apresentou uma pá carregadeira desenvolvida exclusivamente para o segmento agrícola.

De acordo com Renata Farina, gerente comercial para construção leve e agricultura da Caterpillar, o modelo 914K Ag Handler é talhado para atender às necessidades dos agricultores, incorporando ferramentas de trabalho necessárias para realizar as tarefas de forma mais adequada no campo. “Os produtores pediam uma carregadeira para fazer as atividades de apoio, como carregamento de big bags e fardos de algodão”, diz ele. “Mas também queriam um equipamento igualmente versátil, que pudesse trabalhar com diferentes tipos de culturas.”

Fabricada no Brasil, a nova pá carregadeira possui configuração com motor mecânico, sistema de articulação e engate rápido, permitindo a troca de implementos como garfos para pallets, caçambas da Série Performance e manipuladores de big bags e fardos, tudo em torno de apenas 30 s. “Essa máquina pode ser utilizada na época da safra de algodão, por exemplo, para o carregamento dos fardos dos caminhões, assim como no período de entressafra, realizando atividades de apoio”, destaca.

Provando sua versatilidade, a pá carregadeira também vem ganhando espaço no setor sucroalcooleiro. Segundo Roberto Marques, diretor de vendas da divisão de construção da John Deere, essa máquina é muito utilizada na movimentação de bagaço de cana, por exemplo. “Em usinas de cana, o consumo de equipamentos da Linha Amarela é muito grande”, reitera o executivo. “Até por isso, temos uma versão especifica para utilização nesse setor, o modelo 624K-II, com eixo reforçado e caçamba de 5,4 m³.”

A partir do alto: as pás carregadeiras New Hollland W190B, Komatsu WA320-8 e XCMG LW500BR

Na New Hollland Construction, a aposta da vez é a nova pá carregadeira W190B Bagaço de Cana, lançada no final do ano passado. De acordo com o gerente de marketing, Giovanni Borgonovo, o modelo incorpora diversas modificações de projeto para atender a essa aplicação, como o reposicionamento dos cilindros do braço e inclusão de raspadores, que evitam o acúmulo de material nos componentes hidráulicos, além de ventilador com reversão automática e eixos reforçados. “Criamos um pacote para atender a essa aplicação do bagaço de cana, que é um material muito severo, particulado, que pode se introduzir na motorização”, diz ele. “Por isso, a máquina requer dupla filtragem e nível de segurança mais aprimorado.”

Também para aplicação com bagaço de cana, a Komatsu mostrou a pá carregadeira de rodas WA320-8, uma máquina reforçada para atividades de curva de nível e empilhamento. Com torque proporcional nos dois eixos, o equipamento propõe-se a aumentar a eficiência no campo. “A máquina sai de fábrica com caçamba de 5,5 m³, além de ser dotada de um ventilador de acionamento hidráulico com inversão de rotação”, comenta o gerente Luciano do Amaral Rocha. “O setor de cana, principalmente em São Paulo, vem puxando a fila em questão de tecnologia, pois é um segmento que sempre trabalha com inovação.”

A miniescavadeira JCB 55Z-1 e a empilhadeira Manitou MSI-35: apoio às operações do agronegócio

Tanto é assim que a XCMG também aproveitou a feira para lançar sua nova pá carregadeira com foco no cliente de cana. Segundo Sam Shang, diretor comercial para a América Latina, o modelo LW500BR traz concha reforçada para evitar o desgaste do material, o que pode ocorrer pela ação do etanol proveniente da cana,além de incluir vedação no sistema elétrico contra poeira, água e outras partículas. “No campo, os equipamentos precisam ter customização, de acordo com a necessidade”, afirma. “Por isso, adaptamos o maquinário com diversos implementos voltados para a área agrícola.”

MOVIMENTAÇÃO
Explorando sua expertise, a JCB apostou ainda em miniequipamentos, como a minicarregadeira SSL250 e a miniescavadeira 55Z-1, que integram um projeto global da companhia. De acordo com Gonçalves, a primeira é recomendada para locais com restrição de espaço e ambientes confinados, sendo capaz de atuar em trabalhos auxiliares em granjas, criação animal, paisagismo e abertura de valas. “Já o modelo 55Z-1 tem potência de 48 hp e profundidade de escavação de 3,8 m, podendo ser utilizado em terrenos acidentados, para construção de valetas e perfuração de solo”, diz.

Além desses produtos, a empresa divulgou seus manipuladores telescópicos Loadall, que vêm se popularizando em diversas atividades de suporte à lavoura no país. No campo, esses equipamentos podem ser utilizados na preparação de material, carregamento de silos ou bags e transferência e armazenamento de fardos. “Os produtores estão começando a reconhecer o Loadall como uma máquina viável não só para uma única finalidade, mas sim como um equipamento altamente versátil”, comenta o presidente da JCB Latam.

Ainda na linha de movimentação de materiais, a Manitou levou à Agrishow dois novos modelos de empilhadeiras All Terrain, a MSI 35 e a MC 18. Segundo Marcelo Bracco, diretor da marca para o Brasil e a América Latina, a empresa busca expandir seu mercado com equipamentos que podem ser aplicados em diversos segmentos, incluindo o agro. Projetado para trabalhos em áreas externas, o modelo semi-industrial MSI 35 oferece capacidade de 3,5 t, enquanto a compacta MC 18 oferece capacidades de 1,8 t a 3 t, além de opções de tração 4x2 ou 4x4.

“Buscamos desenvolver nossos produtos para melhorar as condições de trabalho, agregando produtividade e eficiência em todas as áreas de atuação, seja construção, mineração ou agro”, finaliza Bracco.

Empresas se unem parapromover a conectividade no campo

Com o avanço da produção, o mercado agro brasileiro vem apostando cada vez mais em tecnologias de gestão de frotas, principalmente com o intuito de gerenciar as atividades do maquinário em campo, o que inclui análise operacional, manutenção preditiva, consumo de combustível e outros aspectos gerenciais.

Mas essa nova realidade também traz desafios. Além do acesso restrito à internet no campo, o produtor rural enfrenta dificuldades para processar as inúmeras informações geradas, tornando-as efetivas e de valia para a lavoura. Para avançar na questão, um grupo de fabricantes, desenvolvedores de tecnologias e empresas de telecom – como AGCO, Climate FieldView, CNH Industrial, Jacto, Nokia, Solinftec, TIM e Trimble – se juntou para promover o ConectarAgro, uma iniciativa que tem como finalidade promover a conexão nas regiões agrícolas brasileiras.
Segundo Gregory Riordan, gerente de produto PA&C (Precision Agriculture and Construction) da CNH Industrial para a América Latina, o ConectarAgro será uma rede aberta, que utilizará inicialmente a rede 4G na faixa de 700 MHz, uma tecnologia global que permite a conexão de frota mista de diferentes tipos de veículos.

“O objetivo dessa iniciativa é promover a expansão da cobertura e alcançar cerca de 5 milhões de hectares até o final do ano, o que representa cerca de 10% da área cultivada brasileira”, diz o especialista. “Independentemente do tamanho da propriedade, todos os agricultores poderão usufruir dos benefícios dos recursos disponíveis em agricultura de precisão, digital e de automação.”

Iniciativa coletiva, o ConectarAgro promove a conexão nas regiões agrícolas

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