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Revista M&T - Ed.209 - Fevereiro 2017
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Coluna Yoshio

A massa de talentos perdidos

Precisamos criar um modelo colaborativo capaz de atrair essas pessoas com experiência e talento para ajudar os setores e as empresas que lutam para sobreviver.

Nas sociedades contemporâneas, a capacidade profissional de uma pessoa é desenvolvida ao longo de muitos anos, tanto pelos valores transmitidos pelos pais e pela dedicação individual de décadas, como pelo investimento da sociedade na educação formal e pela contribuição das empresas. De fato, desde a infância, são muitos e muitos anos de estudo e trabalho duro até se tornar um profissional capaz. Algo como 20 ou 30 anos são necessários para formar recursos humanos que viabilizem as atividades de produção intelectual e física de alto nível que o mundo atual exige.

Com a crise que se estabeleceu (e ainda perdura) no nosso mercado, um batalhão destes profissionais gabaritados tiveram as suas atividades produtivas interrompidas. Cada qual busca agora uma solução diferente para esse problema e, depois de algum tempo, talvez encontre uma oportunidade de “pagar as suas contas”.

Contudo, ao transformar profissionais e gestores em, por exemplo, motoristas de Uber e outras “profissões” operacionais, a sociedade tem um enorme prejuízo representado por uma massa de talentos perdidos. Por outro lado, grande parte desse contingente sofrerá com a desconfiança do mercado e, seguramente, terá dificultado seu retorno às atividades anteriores.

Isso já fora assim nas crises anteriores e, certamente, acontecerá de novo. Porém, caso se confirme essa atual destruição de valores, teremos a comprovação da nossa incapacidade coletiva de encontrar uma forma de aproveitar a disponibilidade para melhorar as organizações. Afinal, o que se poderia realizar com todos estes profissionais disponíveis no mercado?

Ao lado disso, temos carência de iniciativas na linha do “faça do limão uma grande limonada”. Ou seja, falta dar sentido ao talento desperdiçado que está literalmente caminhando pelas ruas, sem um rumo produtivo. Precisamos criar um modelo colaborativo capaz de atrair essas pessoas com experiência e talento para ajudar os setores e as empresas que lutam para sobreviver. É possível que as trocas tenham de ser inovadoras para gerar um sentido de propósito e investimento no futuro.

Ao listar conhecidos e amigos em disponibilidade n


Precisamos criar um modelo colaborativo capaz de atrair essas pessoas com experiência e talento para ajudar os setores e as empresas que lutam para sobreviver.

Nas sociedades contemporâneas, a capacidade profissional de uma pessoa é desenvolvida ao longo de muitos anos, tanto pelos valores transmitidos pelos pais e pela dedicação individual de décadas, como pelo investimento da sociedade na educação formal e pela contribuição das empresas. De fato, desde a infância, são muitos e muitos anos de estudo e trabalho duro até se tornar um profissional capaz. Algo como 20 ou 30 anos são necessários para formar recursos humanos que viabilizem as atividades de produção intelectual e física de alto nível que o mundo atual exige.

Com a crise que se estabeleceu (e ainda perdura) no nosso mercado, um batalhão destes profissionais gabaritados tiveram as suas atividades produtivas interrompidas. Cada qual busca agora uma solução diferente para esse problema e, depois de algum tempo, talvez encontre uma oportunidade de “pagar as suas contas”.

Contudo, ao transformar profissionais e gestores em, por exemplo, motoristas de Uber e outras “profissões” operacionais, a sociedade tem um enorme prejuízo representado por uma massa de talentos perdidos. Por outro lado, grande parte desse contingente sofrerá com a desconfiança do mercado e, seguramente, terá dificultado seu retorno às atividades anteriores.

Isso já fora assim nas crises anteriores e, certamente, acontecerá de novo. Porém, caso se confirme essa atual destruição de valores, teremos a comprovação da nossa incapacidade coletiva de encontrar uma forma de aproveitar a disponibilidade para melhorar as organizações. Afinal, o que se poderia realizar com todos estes profissionais disponíveis no mercado?

Ao lado disso, temos carência de iniciativas na linha do “faça do limão uma grande limonada”. Ou seja, falta dar sentido ao talento desperdiçado que está literalmente caminhando pelas ruas, sem um rumo produtivo. Precisamos criar um modelo colaborativo capaz de atrair essas pessoas com experiência e talento para ajudar os setores e as empresas que lutam para sobreviver. É possível que as trocas tenham de ser inovadoras para gerar um sentido de propósito e investimento no futuro.

Ao listar conhecidos e amigos em disponibilidade no mercado, percebo que seria fácil formar um time muito capaz. De fato, há um verdadeiro “dream team” de executivos ao alcance das mãos, imediatamente. Em épocas de falta de mão-de-obra, seria um time “impagável”. Falta apenas uma ideia e um modelo para dar sentido a esses “dream teams”, disponíveis em todas as partes.

Na verdade, já existem algumas iniciativas que buscam atrair e direcionar estes talentos maduros, mas acredito que o potencial seja muito maior do que as pessoas são capazes de perceber ao abaixarem a cabeça e deixarem de pensar, tentando simplesmente sobreviver à má fase que ora nos acomete.

*Yoshio Kawakami é consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

 

 

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