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Revista M&T - Ed.212 - Maio 2017
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Coluna do Yoshio

A felicidade em tempos difíceis

Os jovens que viveram a sua adolescência e juventude nos últimos dez ou 15 anos ainda não haviam tido a oportunidade de viver com intensidade o outro lado do ciclo econômico. Até agora.”

Com certa preocupação, temos observado os excessos gerados pela postura “politicamente correta” e de “laissez-faire” em várias circunstâncias da vida contemporânea. De fato, há um nítido exagero nesse sentido que talvez traga consequências comprometedoras para a evolução da sociedade, em especial no campo do trabalho.

Enquanto alguns pregam que o único objetivo da vida é “ser feliz”, numa expansão da frase do divã para o cotidiano, a vida segue cada dia mais veloz. É claro que todos nós temos como objetivo ulterior a “felicidade”, porém, também há outras coisas importantes na vida. Nessa escala, o que tem precedência pode ser algo muito pessoal, mas no que se refere à necessidade da existência, isso é diferente.

Entre as novas gerações, há aqueles que falam continuamente do vital exercício de “ser feliz”, combinando-o com uma vida alternativa e praticamente descompromissada em relação à esfera produtiva, enquanto outros praticam o mesmo “ser feliz” combinado com o sucesso econômico. Aliás, há muitos jovens com grandes ambições, ousados empreendedores que simplesmente buscam o mesmo “ser feliz” dentro de seus campos profissionais. Ou seja, para esses, o sucesso profissional é uma parte essencial de sua fórmula para “ser feliz”.

Aprecio muito mais a visão dos que incluem o sucesso profissional (seja qual for a sua definição individual) em sua própria teleologia, pois compreendem a sustentabilidade profissional. É falacioso imaginar que o governo ou a sociedade tenham obrigação de atender às necessidades individuais de todos os cidadãos e maior engano ainda é imaginar que um dia haverá tal possibilidade. Enquanto houver pobreza extrema a ser erradicada no mundo, não será possível atender aos anseios pueris das classes médias. Logo, simplesmente não contamos com esta opção.

As fases de crescimento econômico global geram oportunidades e facilidades que são adotadas como normais por algumas gerações. Os jovens que viveram a sua adolescência e juventude nos últimos 10 ou 15 anos ainda não haviam tido a oportunidade de viver com intensidade o outro lado do ciclo econômico. Até agora.

Assim, os que compreendem que o esforço e a dedicação ao trabalho fazem parte da equação para “ser feliz” parecem trilhar um caminho mais lógico e promissor, transformando seus sonhos em realida


Com certa preocupação, temos observado os excessos gerados pela postura “politicamente correta” e de “laissez-faire” em várias circunstâncias da vida contemporânea. De fato, há um nítido exagero nesse sentido que talvez traga consequências comprometedoras para a evolução da sociedade, em especial no campo do trabalho.

Enquanto alguns pregam que o único objetivo da vida é “ser feliz”, numa expansão da frase do divã para o cotidiano, a vida segue cada dia mais veloz. É claro que todos nós temos como objetivo ulterior a “felicidade”, porém, também há outras coisas importantes na vida. Nessa escala, o que tem precedência pode ser algo muito pessoal, mas no que se refere à necessidade da existência, isso é diferente.

Entre as novas gerações, há aqueles que falam continuamente do vital exercício de “ser feliz”, combinando-o com uma vida alternativa e praticamente descompromissada em relação à esfera produtiva, enquanto outros praticam o mesmo “ser feliz” combinado com o sucesso econômico. Aliás, há muitos jovens com grandes ambições, ousados empreendedores que simplesmente buscam o mesmo “ser feliz” dentro de seus campos profissionais. Ou seja, para esses, o sucesso profissional é uma parte essencial de sua fórmula para “ser feliz”.

Aprecio muito mais a visão dos que incluem o sucesso profissional (seja qual for a sua definição individual) em sua própria teleologia, pois compreendem a sustentabilidade profissional. É falacioso imaginar que o governo ou a sociedade tenham obrigação de atender às necessidades individuais de todos os cidadãos e maior engano ainda é imaginar que um dia haverá tal possibilidade. Enquanto houver pobreza extrema a ser erradicada no mundo, não será possível atender aos anseios pueris das classes médias. Logo, simplesmente não contamos com esta opção.

As fases de crescimento econômico global geram oportunidades e facilidades que são adotadas como normais por algumas gerações. Os jovens que viveram a sua adolescência e juventude nos últimos 10 ou 15 anos ainda não haviam tido a oportunidade de viver com intensidade o outro lado do ciclo econômico. Até agora.

Assim, os que compreendem que o esforço e a dedicação ao trabalho fazem parte da equação para “ser feliz” parecem trilhar um caminho mais lógico e promissor, transformando seus sonhos em realidade, mesmo que a duras penas. O fato é que estes aproveitarão as oportunidades e terão uma evolução maior na vida, chegarão mais longe ou realizarão mais rapidamente o que se propõem.

Os que entendem esta necessidade perene da vida humana tendem a constituir os parâmetros comportamentais da sociedade, evitando que o mundo nivele-se definitivamente “por baixo”.

Yoshio Kawakami

Consultor da Raiz Consultoria e diretor técnico da Sobratema

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