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Revista M&T - Ed.205 - Setembro 2016
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Editorial

A corrida pela emissão zero

A entrada em definitivo do Proconve MAR-I traz uma nova era para máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários no Brasil. Ao definir limites de emissões de gases poluentes para todas as faixas de potência (à exceção das máquinas agrícolas menores), a legislação inseriu o país entre os mais limpos do planeta no quesito. E, agora, chegou o momento de efetivar o avanço.

Apesar da demora em agir, o país conseguiu rapidamente diminuir o gap em relação às principais potências econômicas globais, saltando direto para o Tier 3. Aliás, o fez como o primeiro país na América do Sul a estipular limites para as emissões de máquinas pesadas, o que possibilita uma redução de 85% em materiais particulados e de até 75% em NOx, segundo dados do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

É certo que a caminhada promete ser longa ainda, como mostra a adoção quase simultânea do Stage V na Europa, que mantém assim o velho continente como o bloco regional mais restritivo do mundo em relação ao assunto. A nova legislação europeia, à propósito, mantém os mesmos níveis da regulamentação anterior para a emissão de NOx (óxido de nitrogênio) e HC (hidrocarboneto), mas – e aqui está a novidade – reduz ainda mais o limite para emissão de material particulado (MP) e expande as limitações para outras categorias de motores de ignição por compressão.

Como nunca é demais repassar, a primeira diretiva europeia para regular as emissões de equipamentos móveis fora de estrada foi pro


A entrada em definitivo do Proconve MAR-I traz uma nova era para máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários no Brasil. Ao definir limites de emissões de gases poluentes para todas as faixas de potência (à exceção das máquinas agrícolas menores), a legislação inseriu o país entre os mais limpos do planeta no quesito. E, agora, chegou o momento de efetivar o avanço.

Apesar da demora em agir, o país conseguiu rapidamente diminuir o gap em relação às principais potências econômicas globais, saltando direto para o Tier 3. Aliás, o fez como o primeiro país na América do Sul a estipular limites para as emissões de máquinas pesadas, o que possibilita uma redução de 85% em materiais particulados e de até 75% em NOx, segundo dados do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente).

É certo que a caminhada promete ser longa ainda, como mostra a adoção quase simultânea do Stage V na Europa, que mantém assim o velho continente como o bloco regional mais restritivo do mundo em relação ao assunto. A nova legislação europeia, à propósito, mantém os mesmos níveis da regulamentação anterior para a emissão de NOx (óxido de nitrogênio) e HC (hidrocarboneto), mas – e aqui está a novidade – reduz ainda mais o limite para emissão de material particulado (MP) e expande as limitações para outras categorias de motores de ignição por compressão.

Como nunca é demais repassar, a primeira diretiva europeia para regular as emissões de equipamentos móveis fora de estrada foi promulgada em 16 de dezembro de 1997, com o Stage I, sendo implementado cerca de dois anos depois. Já a mais recente regulação, a Stage V, foi proposta pela Comissão Europeia no final de 2014, entrando gradativamente em vigor até 2020 nas leis de 28 países europeus. E, nos EUA, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) já desenvolve o que virá a ser o padrão Tier 5.

Ou seja, há quase duas décadas iniciou-se o processo que vem reinventando a indústria de equipamentos no que tange à responsabilidade socioambiental. De lá para cá, após oito alterações nos padrões, as emissões de NOx e HC reduziram-se em significativos 94,38%, enquanto de MP o corte foi de expressivos 97,86%. Ao lado das pesquisas de propulsão elétrica e tecnologias híbridas, tal passo talvez represente o que de mais importante vem sendo desenvolvido no setor atualmente a respeito deste importante tema. Reduzir o impacto ambiental das emissões e melhorar a qualidade do ar devem estar no centro de qualquer nova regulamentação. Nesse caso, evidentemente, devemos considerar que o avanço veio por força de lei, mas também é verdade que há tempos as principais OEMs do setor “compraram” a briga e entraram com tudo na corrida pela emissão zero dos equipamentos, que está cada vez mais próxima, como o leitor pode conferir na reportagem de capa desta edição. Boa leitura.

Permínio Alves Maia de Amorim Neto

Presidente do Conselho Editorial

 

 

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